sábado, 15 de agosto de 2009

GRAACC precisa de sangue!



O mais rápido possivel, porfavor. Digam que é para o graacc, quem poder me ligar, passo o nome de algumas crianças que estão precisando mais. (9225 8370) Posto de Coleta: Hospital São Paulo Rua Botucatu, 620 - Vila Clementino - perto do metro santa cruz!!! Segunda à sábado das 8h às 17h Fone: 5539.7289 - 5539.6840 Critérios para Doação de Sangue: * Ter de 18 a 65 anos * Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas quatro horas * Não estar com febre, gripe ou resfriado * Após piercing, aguardar três dias para doar * Após tatuagem, aguardar 12 meses * Não ter antecedentes de hepatite, doença de chagas e sífilis * Áreas de febre amarela, malária, doar após seis meses * Alimentação - não é aconselhado doar sangue em jejum prolongado o Manhã - tomar café leve e sem alimentos gordurosos o Tarde - doar duas horas após o almoço o Não se alimentar de refeições com alto teor de gordura

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sr. Kolgsky


Sempre tive um certo receio de puxar assunto com meu vizinho de cima. Principalmente depois que chegou um escravo para ele pelo correio. Quando encontro-o no elevador é inevitável não elogiar o cardume de sardinhas que ele cuidadosamente finca com alfinetes em seu blazer. Minha esposa já foi muito amiga da esposa dele quando o cinema da cidade ainda abrigava presbiterianos, e antes dela contrair febre amarela de um Indu que acharam no lixo da padaria e morrer esmagada por um triturador de lixo, compartilhavam segredos de mulher que só mais tarde fiquei sabendo pela empregada. Segundo ela, antes da Senhora Kolgsky morrer, ela teria fundado uma gang especializada em roubar enfeites que brilham no escuro para vender ao mercado negro. Sr. Kolgsky primeiramente relutou a acreditar que sua esposa tenha feito isso antes de morrer, mas como achou ainda menos provável ela ter feito depois de morta, não mais duvidou, e tentou suicídio. Sr. Kolgsky não foi bem sucedido em suas tentativas de acabar com a própria vida, então contratou um homem para suicidá-lo. Que, segundo testemunhas, desistiu de ultima hora e se converteu ao socialismo. Mas tirando eventuais encontros no elevador, praticamente esqueço da existência do meu visinho, exceto as 5:45 da tarde que ele insiste em enfiar 2 quilos de purê de batata pelo buraco da correspondência.


Paulo Domingos
Foto da propaganda que fotografei ano passado "Mentos invadem a terra" o ator é o Kim, brother!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

“MEU VIZINHO DE CIMA TEM UNS PARAFUSOS A MENOS” cena 1

“MEU VIZINHO DE CIMA TEM UNS PARAFUSOS A MENOS”


INT. QUARTO/SALA. NOITE

Quarto velho, mal iluminado. Vemos uma leve decoração natalina. ICABOT, 10 anos, termina de desembrulhar uma caixa. Enquanto a CÂMERA se afasta lentamente em direção a SALA, ICABOT abre o pacote.

ICABOR (over)
-Data: Vinte e três de dezembro. Finalmente ganhei um Kit de espionagem do FBI para crianças. Deve ter custado uma nota.

A CÂMERA passa pela porta, chegando na...

SALA...

Onde os moveis velhos e as paredes turvas seguem o mesmo estilo do quarto. Passamos em frente a algumas fotografias, onde vemos varias fotos antigas.

ICABOT (over)
-Meu avô foi o maior espião que o FBI já teve. Foi o único que desconfiava do NIXON antes do caso Waltargate. Por segurança, meu avô não quis ninguém da família seguisse seus passos. Pois segundo ele, temos uma família amaldiçoada pelo destino. Moro com minha avó. Meus pais morreram pouco depois que eu nasci num acidente nuclear na Europa.

Vemos CLOTILDE, 70 anos, Sentada no sofá assistindo tv.

ICABOT (over)
-Nunca vi muita graça em televisões. Meu pai era o melhor técnico de TV que o mundo já viu.

A tv pifa. DONA CLOTILDE levanta e começa a esmurrar a tv.

ICABOT (over)
-Só minha avó não achava. No fundo ela é uma pessoa gentil, mas é viciada nessa caixa de luz. Adorava também ouvir o som do telefone ou da campainha.

A campainha toca.
DONA CLOTILDE abre um sorriso, pega um espelho, se maquia rapidamente e coloca o espelho em pé sobre um móvel, no reflexo do espelho podemos ver sua mão abrindo a porta.

ICABOT (over)
-Era ele!

DONA CLOTILDE
-Senhor Maquiavélico!

O SENHOR MAQUIAVELICO, 60 anos, veste um sobretudo preto, tem poucos cabelos, e quase todos brancos, um bigode, uma bota de cownboy e segura uma maleta.
ICABOT vem até a sala, se escorando nos móveis pra não ser visto.

ICABOT (over)
-Ouvi os vizinhos dizerem no dia que ele veio visitar o prédio, que era um sujeito estranho, mais não esperava tanto.

DONA CLOTILDE
-Veio buscar as chaves, não?

DONA CLOTILDE vai até a cozinha. MAQUIAVELICO encara ICABOT, que tentava passar despercebido por de trás da televisão. DONA CLOTILDE volta com uma dúzia de molhos de chaves.

DONA CLOTILDE
-Essa é do 608, e essas são de todos os apartamentos do sétimo andar.

MAQUIAVELICO
-Todas elas.

DONA CLOTILDE
-O sétimo andar inteiro está disponível por causa das goteiras... mas logo logo vou mandar da um jeito nelas.

MAQUIAVELICO
-Não será necessário, adoro goteiras.

MAQUIAVÉLICO pega os molhos de chave e sai andando. DONA CLOTILDE fica por alguns instantes com a porta aberta olhando para o nada. ELA fecha a porta e se senta.

DONA CLOTILDE
-Maluco.

ICABOT observa tudo num cantinho atrás do sofá.

ICABOT (over)
-Ela estava certa. Eu tinha que investigar aquele sujeito, o prédio não estava seguro com um maluco desses a solta. Tinha cara de inventor maluco, mas usava botas de cowboy. Estranho.

DONA CLOTILDE
-Onde é que eu estava? Ah, sim!

DONA COLOTILDE se levanta e continua a esmurrar a tv.





Paulo Domingos

sábado, 18 de julho de 2009

A criação do Futebol.

Todos sabem que o futebol foi uma invenção inglesa. O que não sabem é que o esporte foi inventado pela então rainha da inglaterra, Franciscleide III. Você deve estar pensando “como raios uma rainha, com tantas chicaras de chá pra beber, teve tempo de inventar o futebol?” Calma, eu explico, foi numa tarde de terça feira, no jardim real do palacio de bãquinrrãn. A rainha vinha de uma caminhada real quando flagrou seu cão, bola-de-neve-real, deitado sobre as orquideas reais, um presente do sheyk milk. A rainha não pensou duas vezes e enfiou a bicuda no pobre poodle, que aliás, passou da hora de ser tozado. O cão voou por metros, tinha um destino certo, a janela do saláo real - mas eis que o jardineiro, portando suas grossas luvas que o protegia dos espinhos reais, saltou numa direção diagonal e deu um magestral tabefe no cão, que por sua vez, foi quicando até perto do muro real. Um velho amigo da rainha, o juiz Munfred, que acabara de chegar, presenciou aquela cena um tanto estranha e disse “escanteio!”



Paulo Domingos

terça-feira, 14 de julho de 2009

ensaio para meu primeiro longa

Quase 2 da madrugada.
O corcel cor de rosa anda a quase 100 km por hora
Começa a tocar “vivir sin aire”

Talyta, 9 anos diz:
-Não pode mudar, é minha vez!
Dany, 32 anos diz:
-Muda!
-Não!
-Vai!
-Não! Você me ama!
-Muda!
-Não! É minha vez!

Dany para o carro e desce.

Talyta coloca a cabeça pra fora da janela e fala:
-você me ama!
-Para!
-Eu vou escrever, prometo!
-Eu não quero que você escreva!
-Tabom, não escrevo então.
-Eu não quero que você vá!
-Quer quebrar o trato?
-Não, só... não quero que você vá!
-Então você me ama?
-Para com isso, claro que não, só quero que você fique aqui.
-Mas fizemos um trato! Você vai até o Castellano grava seu ultimo disco e eu vou pra Nova Zelândia
-Pra que tão longe!
-Porque eu quero!
-E daí que você quer? Eu não quero!
-Mas você não é eu!
-Mas se fosse, ficaria
-Claro que não!
-Ficaria sim
-Mentirosa
-Não iria pra tão longe.
-Não é hora de dar pití, já ta tudo pago
-Eu peço o dinheiro de volta
-Eles não devolveriam
-Não me importo!
-Você me ama!
-Para com isso!
-Então fala!
-Falar o que?
-que me ama!
-Não!
-Ama!
-E se der alguma coisa errada lá? E se a escola que você vai for um campo de concentração, você vai correr pra onde?
-Pra Austrália
-Tem canibais na Austrália!
-Eu viro um deles! Lembra que eu comia as casquinhas do meus machucados?
-Não! Jura que você fazia isso?
-Minha mãe lembra!
-Ela não é sua mãe! Para de chamar sua avó de mãe. Eu sou sua mãe
-Não é não, você não me ama!
-E daí! Nem toda mãe ama seus filhos, e você não pode falar nada, você também não me ama.
-Claro que amo!
-Ama?
-Amo...
-Você nunca falo.
-Você nunca pergunto.
-Você teria me falado?
-Claro que não!
-Porque não.
-Porque eu puxei a minha mãe.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O menino eco parou de ecoar!

Denis era conhecido na escola como o “menino eco”.
Sempre pelos cantos, sozinho, quieto a maior parte de tempo.
Na verdade, ele que evitava falar.
-Hey menino eco, como chego no segundo andar?
-Fim do corredor... do corredor...orredor...edor..dor..or...
Denis é um daqueles garotos tímidos
Que fala pra dentro.
E tem um enorme vazio dentro de si.
Fazendo com que sua vós ecoasse nele mesmo.
-Você precisa fazer alguns amigos!
Disse a diretora certa vez
-Mas...mas...as... Todos riem de mim...riem de mim..de mim..mim...im...
-Que tal o Fred?
-Fred? Ed..ed..
-O que vive jogando xadrez! Fred Sieiema!
-Ele não é surdo? Urdo? Rdo?
-Ele usa um aparelho de ouvido que sempre esta com problema!
Denis pensou no assunto.
-Meu deus! Que dilema! Dilema...ema...ema..
Pois Fred era uma pessoa difícil.
Ele não assumia que era surdo!
Dizia que o aparelho era um tipo de rádio antigo.
Mas que mal faria um amigo?
-Oi Fred, me chamo Denis.. me chamo Denis.. enis.. nis..is
Fred pensa por um momento.
Encara Denis, parado ali, tomando vento.
-Oi menino remelento. Que tal uma partida de xadrez? Sente se aqui!
-Por mim, tudo bem!